14:56h. Faltam apenas 4 minutos para as 15h. A moça da garagem me disse “As 15h é que o sedex vem”. Será que vem mesmo?
14:57h. Caramba, eu to ansiosa. Alias, eu sempre sou assim.
14:58h Chega sedex! Chega sedex! Começou a chover, será que isso vai atrasar a chegada?
14:59h Um minutinho! Apenas um minutinho! To desde sexta esperando. Mas por culpa minha mesmo, maior enrolação pra pedir oras!
15h Nada de sedex =( Só estou ouvindo a abertura de Senhora do Destino. Cadê minha encomenda? Será que vem numa caixa? Será grande? Pequena? Azul? Cinza? Cor de caixa?
O jeito é sentar em frente a televisão e esperar a campainha tocar.
Há alguns anos terminei o 2º grau e, sendo assim, nunca mais pisei em um colégio. Mas, como a vida dá voltas e a nossa cabeça resolve mudar o tempo todo (pelo menos a de alguns) eu resolvi voltar a esse antro de perdições. Sempre fui da turma do fundão, com conversas paralelas e algumas suspensões na carteira. Isso depois dos 12 anos, onde eu fiquei mais aceitável para a sociedade. Mas isso é papo para psicólogo.
Voltando aos dias de hoje… Eu resolvi enfrentar uma verdadeira prova de fogo. Entrar em uma sala composta praticamente por alunos de 16 anos e refazer o meu velho “cursinho” pré vestibular que já estava esquecido. Nos primeiros dias, como toda sala nova, o silêncio era quase uma constante. Mas agora, meio do ano, chega a ser insuportável os burburinhos dessa pivetada que eu carinhosamente apelidei de “do inferno”. Pode parecer exagero meu, mas quando se estuda em uma sala com mais de 300 alunos tudo pode tomar proporções exageradamente grandes.
É muita conversa desnecessária, muita gente “estranha demais” para o meu entendimento, muita pivetada que nunca foi pra balada e por isso sente a necessidade de arrasar no cursinho na sexta à noite. Sem contar que eu mal entrei e já arrumei inimigas mortais de 1992. Ha ha ha. Dessa eu ri, e ainda dou risada todos os dias com as encaradas mortais que elas me dão ao passar pela minha carteira na 2º fileira, junto com as “freiras” da sala.
Acabei me tornando uma nerd. Sentada cheirando o quadro, junto com quase todos que tentarão medicina e por isso precisam quase arrancar a cabeça do professor para levar em casa para sugar todo conteúdo. Dentre as 300 e tantas pessoas, existem apenas 4 com as quais eu me divirto e tornam meu dia mais aturável, principalmente na segunda onde eu tenho 2 aulas seguidas de matemática, minha matéria mais odiada por uma vida inteira.
E agora, se me dão licença, eu tenho 4 aulas de física, 1 de biologia e 1 de química para hoje.
Tudo bem, é domingo, é do programa do Faustão, como eu poderia esperar algo realmente bom?
Domingo, pra mim, é dia de ficar em casa! Ainda mais com esse frio arrebatador que anda nos pegando de jeito em Curitiba. E como não podia deixar de ser, a minha vó, como a grande maioria, não perde o Domingão do Faustão. Sempre de passagem, dou uma espiada em alguns quadros, e como de costume gostei muito quando iniciou a “Garagem do Faustão”. Vi muitas bandas boas que realmente mereciam uma divulgação maior, e conheci outras que talvez nunca fosse ouvir na vida.
Mas, como tudo que é bom é demais para o Faustão, o quadro começou a baixar o nível a cada domingo. De inicio já achava um absurdo misturar “músicas piadinhas” com pop rock, MPB, e seja lá o que for. Agora, criar um espaço só para pessoas sem dom nenhum cantarem baboseiras? E pior, eles ainda têm um tempo muito maior de exposição que as músicas de verdade.
Outra coisa que eu ainda não entendi. A garota loira que supostamente criou o quadro, ela gosta do que? Ontem o Faustão fez um baita show só por que as dançarinas escolheram 4 musicas de pop rock para tocar, e olha, eu achei que foram as melhores do dia. A garota (não faço idéia do nome) responsável pelo quadro disse com desdém quando o Faustão perguntou sobre a qualidade das músicas: “É… ham… são pop rock”
Como assim “é.. são pop rock”? Como se fosse uma porcaria qualquer! 5 minutos depois ela fala “ah essa musica é muito boa”, e me toca um forró daqueles com letra bem fraca, cheia de rimas mal feitas e gente mostrando à bunda. Claro, isso sim é muito bom.
Outro exemplo do mal gosto dominante: a banda “Pedra Letícia”. Sabe, os caras tinham umas musicas bacanas, um pop rock legal. Mas, óbvio, isso não foi o suficiente para que os mesmos ganhassem espaço. Foi necessária a “música” “Teorema de Carlão” para que a banda pudesse mostrar o seu trabalho de verdade. O bacana hoje em dia é fazer da música uma piada.
Nem preciso comentar que a platéia normalmente escolhe a pior musica das 5 não é? Fora que os forrós, funks e afins são os primeiros a serem decorados. É o povo brasileiro mostrando que tem calipso, aviões do forró e calcinha preta na veia.
Acabei deixando tudo abandonado! Tudo! Menos a física! Tem algo me impedindo de escrever e eu não sei o que é.
Pois bem, na semana passada chegaram meus livros! Nem preciso dizer o quanto feliz eu fiquei! Tudo bem, quase todo mundo já leu a eras atrás. Mas confesso, quando essa onda de Harry Potter chegou eu não me animei nem um pouco a ler as historias do bruxinho. Na verdade, estava apaixonada demais pelo Frodo para notá-lo. E só agora, depois de tanto tempo comecei a ler, e pasmem: eu só vi um filme até hoje! Ahha O primeiro. O que vai ser melhor para a leitura, acredito.
Existem três coisas com as quais eu gasto dinheiro sem pensar: viagens, maquiagem e livros. E desde que comecei a passar mais horas do que devia no site submarino, minha compulsão por ter todos os livros do mundo (ou pelo menos metade deles) aumentou consideravelmente! Esse mês eu comprei dois para a minha mãe (que obviamente virão para a minha futura estante), e quatro para mim. Ontem, quando eu já deveria estar dormindo, passei no site só para espiar, e adivinhe só! Uma MEGA promoção! O 8 livros do Harry Potter por 79,00 reais, e sem frente! Eu não pensei duas vezes em comprar! Fora a quantidade imensa de CDs e DVDs por 9,90! Quero tudo =( Acho que agora ninguém tem desculpa para não dar um presentinho de aniversario para os amigos!
PS: meu aniversário é só em novembro, mas já deixo a dica: com qualquer “deizão” você já pode me fazer feliz! hahaha
Eu já quis muitas coisas na vida. Por vezes contraditórias, por vezes para o mal. O meu mal.
Eu já quis estudar tanto, mas tanto, que saberia de trás para frente às palavras da apostila, só para mostrar aos outros que eu seria capaz de ter o que quisesse. Eu já quis parar de comer só para ficar com o corpo mais parecido com o de alguma amiga. Eu já quis comer o mundo inteiro no café da manha, e como sobremesa o universo. Já quis largar da minha vida, deixar minha casa para trás e me jogar nas ruas paralelas as suas. Já menti, já falei a verdade demais. Eu já quis mudar completamente o meu visual, achando que com o corte de cabelo as más lembranças seriam varridas juntamente para o lixo. Eu já quis me matar; já quis viver mais que todos. Já quis bancar a santa, e mostrar que minha mente era límpida como um lago a ser descoberto. Eu já quis bancar a garota malvada e acabei sentada em um banheiro pequeno chorando por não controlar a situação. Eu já quis ser mulher, já quis ser menina e, por vezes, quero ser criança de novo. Eu já quis ser a mais linda da festa para chamar a sua atenção, e mostrar o que você estava perdendo. Eu já fui a mais feia do mundo, sentada no chão sujo, borrada por maquiagem e lágrimas alcoólicas. Já quis dançar, ter todos em minha mão, e acabei voltando para casa sozinha, contando cacos de vidro no asfalto. Eu já quis ser como as a mocinhas dos romances. Já lutei para ser como a pior vilã. Quis ser princesa, bicho, cobra, veneno. Já agradeci a Deus por te-lo colocado em minha vida. Já implorei para que Ele o tirasse depressa.
Já quis ser igual a todos e me adequar à grande massa. Já misturei as roupas só para ser diferente, me destoar da massa. Já sussurrei; já berrei para acordar todos os vizinhos; já fiz fita e charme, só para não sair de fininho. Já disse que te amava e que você era a minha vida, mas na semana seguinte desejei a sua morte. Já fui a uma festa querendo ficar em casa; Já fiquei em casa querendo ir a uma festa. Já comi muito por gula; já deixei de comer por vergonha. Já pequei nos excessos; me arrependi por não ter feito mais. Já lhe dei minha alma a troco de migalhas, meus maiores segredos a troco de confiança, o meu corpo a troco de carinho. Já precisei de todos; já vivi muito bem sozinha. Já detestei minha vida, e jurei vingança aos quatro cantos. Já distribuí mais amor do que podia. Eu jurei nunca mais voltar; na semana seguinte estava lá. Quis todas as musicas, prosas e poesias; Todos os cantos mais belos, suaves e agressivos. Quis ser sua, quis ser de ninguém, quiser ser só minha. Eu quis o mundo, quis ir para o céu, preferi ficar no inferno. Eu quis um anjo, quis um Deus de verdade e só meu, quis provas reais da existência. Quis que todos me esquecessem, quando o que eu mais queria era ser lembrada.
Sempre o mais difícil, mais esperado, e quem sabe, até mesmo, o mais lido. Mas, deixando de lado a estréia, não pretendo por hora me prolongar em palavras e grandes apresentações. Apenas um “olá”, ou quem sabe um “bem vindo ao meu infinito de pensamentos”. Idéias turbulentas que perderam o gosto pelo antigo fotolog, já que agora os mesmos viraram central de propaganda de bandinhas meia boca. Bem, eu cansei.
Bem vindos. Não esperem de mim assuntos coerentes, muito menos fofocas sem graça de pessoas piores ainda.
Ok, pode até esperar alguns posts críticos, pelo simples prazer de colocar a prova minha indignação.
Vivendo e não Aprendendo 