Um Et
Minha querida leitora, você já teve a sensação de ser um ET, verde e gordo no meio da sala de alguém? Eu me sinto assim quase todos os dias.
É como se tudo pelo que eu optasse fosse diferente demais, moderno demais, ou quem sabe antiquado demais. Não sei, mas tem gente que sempre consegue achar defeito nas escolhas dos outros. Mas eu nunca respondi. Sempre desviei dos olhares que mediam toda a minha roupa e dos comentários maldosos de gente que vive para ser invisível.
Mas, minha querida, nem todo dia minha paciência está no auge, e hoje, hoje eu vou lhe responder a altura o que estava entalado a minha garganta.
Tem gente que critica por que não está habituado a novidades, e eu até entendo. É o caso da minha avó. Ela não se acostuma com a gama de variedades de sombras e esmaltes coloridos e vive por criticar as minhas invenções.
Mas tem um tipo de gente que eu odeio, desprezo e por vezes fico com vontade de esganar. Ela chega, olha você de cima a baixo, dá uma risadinha sacana e não perde a oportunidade de tecer um comentário maldoso sobre o seu visual. Como se não bastasse, nos próximos encontros você dá de cara com a mesma cínica com partes do seu visual. Isso mesmo, ela criticou e no fim está tentando, nem um pouco sutilmente, copiar o que você já havia feito.
E aí é a minha vez de rir. Sim, eu olho bem para a cara da coitada e dou uma risada gostosa, mas interna. Por que o mínimo que eu posso lhe dizer é que além da criatividade e do estilo, me sobram educação e classe.